Certa vez um camponês encontrou uma cobra morrendo em seu sítio. Vendo o sofrimento dela, encheu-se de compaixão. Apanhou a cobra e a levou para casa. Deu leite morno a ela, envolveu-a em um cobertor macio e, com carinho, colocou-a a seu lado na cama quando foi dormir. Pela manhã, o camponês estava morto.
Por que ele foi morto? Porque só agiu movido pela compaixão e não também pela sabedoria. Se você pegar uma cobra, ela o picará. Quando encontrar um meio de salvar a cobra sem segurá-la, você terá conseguido equilibrar sabedoria e compaixão, e ambos ficarão felizes.
Sabedoria e compaixão devem andar juntas. Ter uma sem a outra é como andar com um pé só. Você pode conseguir pular algumas vezes, mas acabará caindo. Se equilibrar as duas, você andará muito bem, vagarosa e elegantemente, passo a passo.
Quantas vezes, por só sentirmos compaixão pelas pessoas, deixamos que a qualidade delas caia, condescendemos com seus erros, toleramos a incompetência... No fim, tudo se vira contra você mesmo e contra a empresa. Como diretor ou gerente, guie-se pela sabedoria e não apenas pela compaixão.
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